A tecnologia está cada vez mais presente na nossa vida. E o mundo das finanças é uma área em que essa realidade fica bem evidente. Como consequência, cada vez mais os brasileiros estão usando os meios digitais para realizar as mais diversas transações monetárias.
Um exemplo recente disso é o Pix, que, lançado em 2020, já é o meio de pagamento mais usado no PaÃs, com mais de 76 milhões de usuários. Segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), atualmente, de cada 10 operações bancárias, 7 são realizadas pelos canais digitais.
Agora, o Banco Central (Bacen) está desenvolvendo o projeto do Drex – a moeda digital do real. E isso tem despertado curiosidade, expectativa e até mesmo apreensão em muitas pessoas. Nesse último caso, motivada por algumas notÃcias infundadas que vêm sendo divulgadas sobre esse assunto.
O Drex vai possibilizar a movimentação da moeda oficial do Brasil, o Real, de forma totalmente digital. Essa nova formatação de moedas não é exclusividade nossa; está acontecendo simultaneamente em mais de 100 paÃses, entre eles Japão e China.
O Bacen informou que, a exemplo do Pix, o nome Drex vem da combinação de letras em uma palavra com som forte e moderno. As letras “d” e “r” fazem referência ao Real Digital, o “e” vem de eletrônico e o “x” traz a ideia de conexão, associada à tecnologia utilizada.
                                               O Pix é um meio de pagamento instantâneo.
                                               Já o Drex será uma  plataforma  de negócios
                                                 que vai  permitir várias transações, comoÂ
                                            transferências, empréstimos, seguros e investimentos.  Â
Por meio do Drex será possÃvel emitir o Real, a moeda oficial do PaÃs em formato digital, cuja rotina será operada e regulada pelo Banco Central. O acesso dos usuários será somente por meio de carteiras digitais que serão disponibilizadas pelas instituições financeiras. O valor do real digital será igual ao do dinheiro fÃsico.
Também é importante entendermos que o Drex, a moeda digital do real, não caracteriza uma criptomoeda. A principal diferença entre elas está na regulação. Enquanto o Drex será uma moeda oficial emitida e regulada pelo Banco Central, com um valor definido, contando com regras para garantir a segurança, a privacidade e a legalidade das transações, os criptoativos não são regulados no PaÃs, tem gestão descentralizada e com variações frequentes no seu valor de mercado.
O uso do Drex será totalmente opcional para os clientes dos bancos. Ele será integrado ao sistema financeiro como um opção a mais e não irá substituir o papel moeda nem outros meios de pagamento tradicionais existentes hoje no mercado.
Assim, o Pix continuará sendo usado como um meio de pagamento instantâneo, enquanto o Drex está sendo desenvolvido como uma plataforma de negócios que vai possibilitar a amortização e a liquidação de transações com ativos digitais, além de permitir transferências, empréstimos, contratação de seguros e investimentos.
O Drex contará com a mesma segurança de todas as transações tradicionais dos bancos. No entanto, a exemplo de toda nova tecnologia, os oportunistas e fraudadores de plantão poderão tirar proveito de alguma brecha – seja tecnológica (falha no sistema), seja humana (por mera desatenção ou imperÃcia de nossa parte). Assim, o melhor é, antes de tudo, entender bem o assunto e usar essa nova ferramenta somente quando houver convicção quanto à conveniência pessoal de cada um.
O Bacen já implantou a segunda fase do piloto Drex, mas ainda não definiu a data do seu lançamento. A expectativa é que essa plataforma entre em operação neste ano de 2025.
Manoel Souza é administrador, Presidente do CA do Programa Providência, Diretor da AFABB-DF e Conselheiro da FAABB
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