Segundo uma lenda americana, alguém deixou um corpo humano escondido dentro de um armário por tanto tempo que restou apenas o esqueleto. Assim, o termo “esqueleto no armário” virou símbolo de um segredo obscuro ou estranho que não deve ser revelado nem descoberto.
Na mesma linha dessa história, em relação aos nossos gastos neste fim de ano, precisamos nos cuidar para que a gente não faça compromissos que estarão acima da nossa capacidade de pagamento. Caso isso aconteça, nos restará guardar nossas dívidas não quitadas por tanto tempo a ponto de elas virarem esqueletos – mesmo que ainda vivas.
Motivos para isso não faltam nesta reta final de 2024. A começar pela Black Friday. Nos últimos anos, algo que já é tradição nos EUA chegou com força no Brasil. Sempre na última sexta feira de novembro, ou mesmo antes disso, muitas empresas anunciam descontos atrativos em produtos e serviços, visando alavancar as vendas.
No início do próximo ano a fatura
do cartão de crédito e as despesas
de volta às aulas, do IPTU e do IPVA,
estarão nos esperando de braços abertos.
Nada contra aproveitarmos essa oportunidade para comprar algo que seja uma necessidade ou um objeto de desejo. No entanto, precisamos de alguns cuidados, como, por exemplo, pesquisar preços previamente e verificar se realmente o produto ou serviço está com bom desconto; analisar o histórico de reclamações do fornecedor, as condições de fornecimento incluindo taxas, frete; e, nas compras on line, ter um cuidado especial com as possíveis tentativas de obtenção dos nossos dados pessoais para uso fraudulento.
Terminada a campanha da Black Friday, já estaremos embalados com o movimento do Natal. É chegada a hora dos presentes, das confraternizações e das viagens – quase tudo bancado pelo 13º salário, pelos possíveis bônus de fim de ano e pelas tentadoras possibilidades de parcelamento de todos os compromissos por meio do cartão de crédito.
Mas antes de sairmos “torrando” o nosso rico dinheirinho, é sempre bom planejarmos, previamente, as nossas ações. É muito importante ficar atento aos limites de gastos, controlar os impulsos para consumo, estabelecer teto de valor dos presentes e elaborar lista dos nossos compromissos para os próximos meses.
Também não são desprezíveis os custo das tradicionais confraternizações, das lembranças de amigos secretos e também da habitual ceia de ano novo. Tudo isso deve ser cuidadosamente precificado e considerado nos dispêndios de fim de ano.
Não podemos nos esquecer de que o 13º salário pode ser também muito bem aproveitado para quitar dívidas com encargos elevados, como o rotativo do cartão de crédito e o limite do cheque especial. Além do mais, é sempre prudente separar parte desse recurso como reserva para
possíveis emergências e também para investir, visando à concretização de objetivos futuros.
Nunca é demais lembrar que precisamos estar atentos e vigilantes em relação aos nossos gastos neste final de ano, até porque, no início de 2025, a fatura do cartão de crédito e as despesas de volta às aulas, do IPTU e do IPVA estarão nos esperando de braços abertos.
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(*) Manoel Souza é administrador, funcionário aposentado do BB, educador financeiro, mediador judicial e diretor da AFABB-DF
Associação dos Funcionários, Aposentados e Pensionistas do Banco do Brasil no Distrito Federal
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