No texto anterior refletimos sobre a importância de investir bem o dinheiro, detalhamos as aplicações caracterizadas como renda fixa e renda variável e também discorremos sobre o perfil dos investidores.
Hoje vamos dar continuidade ao tema investimento, agora dando ênfase à questão da liquidez e lembrando alguns cuidados na hora de investir.
Ao fazer alguma aplicação, é fundamental que o investidor tenha em mente seus objetivos – realização de sonhos, obtenção de renda extra, garantir uma aposentadoria tranquila, reserva de emergência etc. Nessas ocasiões, também é primordial ter em mente o horizonte de tempo dentro do qual o aplicador vai precisar do dinheiro de volta (a qualquer momento ou em datas bem definidas), acrescido dos rendimentos financeiros ou da valorização de bens adquiridos.
E é nesse contexto que o conceito de liquidez se torna importante. Liquidez diz respeito ao prazo que se leva para transformar um bem em dinheiro vivo. Ou seja, é a rapidez para se desfazer  de algum patrimônio e receber a respectiva quantia em moeda corrente. Dizemos que um investimento tem boa liquidez quando as regras de resgate permitem o saque ou a venda de uma propriedade sem grandes transtornos.
                                          Leve a sério o alerta de que ga-
                                          nhos passados não represen-                       Â
                                          tam garantia de rentabilidade
                                          futura.
Por outro lado, quanto maior forem os prazos para retorno dos recursos aplicados, menor é a liquidez do investimento. Mas isso não é necessariamente ruim, pois, em algumas situações, investimentos com  baixa liquidez podem oferecer rendimentos ou valorização maiores. Por isso, é fundamental planejar bem os objetivos futuros e direcionar o dinheiro para as opções que vão propiciar o atingimento das metas propostas.
Outro aspecto muito importante na hora de aplicar os recursos é considerar a idade do investidor. De forma geral, é recomendável que pessoas idosas procurem modalidades que ofereçam boa liquidez. Isso porque esse público pode ter maior necessidade de dinheiro disponÃvel para situações de tratamento de saúde ou para desfrutar de boa qualidade de vida. Já os mais jovens podem direcionar as aplicações para bens com menor liquidez, pois estão no momento de formação de patrimônio.
São exemplos de investimentos de boa liquidez: fundos de renda fixa, CDB DI, caderneta de poupança, conta remunerada etc. De outro modo, eis algumas aplicações consideradas como de baixa liquidez: imóveis, debêntures, certificados de recebÃveis imobiliários etc.
Mas, independentemente da questão relacionada à liquidez, outros aspectos também são importantes e merecem atenção na hora de investir. Um dos primeiros cuidados é conhecer o próprio perfil e fazer escolhas de acordo com as caracterÃsticas pessoais – conservador, moderado ou arrojado.
Também é fundamental diversificar os investimentos e sempre levar a sério o alerta de que ganhos passados não representam garantia de rentabilidade futura. Nunca faça escolhas sob pressão e, sempre que possÃvel, solicite orientação de pessoas de confiança quando for tomar decisões financeiras importantes.
No próximo texto daremos continuidade ao tema investimento – Parte III.
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Manoel Souza é Administrador, Presidente do CA do Programa Providência, Diretor da AFABB-DF e Conselheiro da FAABB
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