Na parte I do tema investimento refletimos sobre a importância de aplicar bem o dinheiro, detalhamos as aplicações caracterizadas como renda fixa e renda variável e discorremos sobre o perfil dos investidores. Já na parte II, demos ênfase à liquidez e lembramos alguns cuidados na hora de investir.
Hoje, na parte III, vamos discorrer sobre algumas características, benefícios e precauções em relação a três tipos de ativos – fundos de renda fixa, ações e imóveis.
Iniciamos nossa análise pelos fundos de renda fixa que investem, predominantemente, em papéis como títulos públicos, CDBs, LCIs, LCAs, dentre outros. Geralmente oferecem rentabilidade e liquidez diária ou em prazos específicos. Esse tipo de investimento costuma ter risco baixo, além de ser bem acessível, pois as aplicações podem começar com valores relativamente pequenos.
Nesse sentido, pode ser uma boa opção para investidores com perfil conservador ou mesmo para os moderados ou arrojados que, no momento da aplicação, já têm definido o momento que vão precisar resgatar o montante aplicado.
Mas também é importante ter em mente que os fundos de renda fixa podem, muitas vezes, oferecer rentabilidade menor do que outras opções de renda variável, especialmente em períodos de alta do mercado. Essas aplicações também sofrem incidência de imposto de renda e taxas de administração. Embora seja de baixo risco, é importante avaliar a solidez da instituição emissora dos títulos.
“É bom ter dinheiro e tudo que o dinheiro pode comprar, mas também é bom, de vez em quando, fazer um check-up para se certificar de que você não perdeu as coisas que o dinheiro não pode comprar.”
O segundo ponto da nossa análise também pode ser uma boa opção e vem ganhando cada vez mais investidores: as ações de empresas. Esse tipo de investimento possui alta volatilidade e potencial de retornos elevados a longo prazo. É indicado para aplicadores com perfil arrojado, dispostos a correrem riscos e sempre atentos aos movimentos de mercado.
Alguns benefícios dessa modalidade são: potencial de valorização significativa, ganhos de capital, diversificação de carteira, com possibilidade de investir em diferentes setores. Algumas empresas pagam bons dividendos aos acionistas, especialmente dos setores financeiros, petróleo e gás e energia.
Por outro lado, há riscos de perdas expressivas em períodos de crise ou oscilações de mercado. Além disso, algumas ações podem ter baixa liquidez, dificultando a venda em momentos de necessidade.
Já no terceiro ponto, não menos importante, os investimentos em imóveis caracterizam-se pela aquisição de propriedades físicas como terrenos, casas, apartamentos, propriedades comerciais e rurais. São aplicações de longo prazo, com potencial de valorização e renda com aluguel, que pode gerar fluxo de caixa contínuo.
Ao optar por esse tipo de investimento, é muito importante considerar que, normalmente, imóveis têm baixa liquidez. A venda pode levar muito tempo, dependendo do mercado. Também não se pode perder de vista alguns custos adicionais como manutenção, impostos, taxas de condomínio, risco de vacância, inadimplência do inquilino e despesas de transação.
Assim, vimos que cada tipo de investimento possui suas características específicas, benefícios e riscos. Uma estratégia eficaz costuma envolver a diversificação de acordo com o perfil de cada um, bem como o horizonte de tempo de cada investimento.
Pra finalizar, um importante ensino do jornalista, autor e editor americano George Lorimer (1867-1937): “É bom ter dinheiro e tudo que o dinheiro pode comprar, mas também é bom, de vez em quando, fazer um check-up para se certificar de que você não perdeu as coisas que o dinheiro não pode comprar.”
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Manoel Souza é Administrador, Presidente do CA do Programa Providência, Diretor da AFABB-DF e Conselheiro da FAABB
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