Home » Orçamento pessoal e familiar – simples e eficaz – Manoel Souza *
O termo orçamento é algo familiar pra todos nós. Afinal, sempre pedimos o costumeiro orçamento em diversas situações nas quais teremos gastos, como, por exemplo, quando levamos o carro à oficina, ao pedreiro que vai fazer algum reparo em nossa casa, na visita periódica ao dentista etc. Também estimamos as receitas que vamos obter, entre outras, por meio do nosso salário, da prestação de serviços, do pró-labore ou da aposentadoria.
Elaborar um orçamento – pessoal ou familiar – nada mais é do que relacionar a previsão de ganhos e gastos em determinada situação ou perÃodo. É algo simples de fazer, e os resultados positivos são inúmeros. Muitos pesquisadores costumam apontar que somente o ato de colocar as receitas e as despesas em uma planilha, por mais simples que seja, por si só, já pode representar uma economia de até 20% nos nossos gastos mensais.
Partindo para a praticidade, ao relacionar as despesas (pessoais ou familiares), precisamos ter atenção a dois aspectos que nos ajudam muito. Primeiro, separar os compromissos por blocos: alimentação, moradia, transporte, educação, saúde, lazer, reserva de emergência etc. Em segundo lugar, distribuir os gastos em ordem de prioridade.
“ Um antigo jargão nos diz que
despesa é igual a unha:
temos de cortar toda semana. “
Devemos começar com aquilo que é essencial para o ser humano – alimentação. Nesse item, vamos incluir todos os gastos relativos a supermercado, feira, açougue, padaria e restaurante. Na sequência, vamos relacionar os gastos com os itens que são básicos pra nós. Eis alguns exemplos: moradia (prestação do imóvel, condomÃnio, aluguel), transporte (parcela do financiamento, manutenção do automóvel, passagem de ônibus ou metrô), educação (mensalidades escolares, materiais didáticos, cursos e treinamentos), saúde (remédios, plano de saúde, academia), lazer (passeios, cinema, teatro) etc.
E, claro, não podemos deixar de fora as cotas para reserva de emergência e também a quantia que desejamos poupar ou investir.
Nesse trabalho também é muito importante refletirmos sobre todos os gastos que podemos cortar e também quanto aos desperdÃcios que precisamos evitar – multas de trânsito, vazamento em torneiras, assinatura de aplicativos ou periódicos que não são mais necessários etc. Quanto a isso, vale sempre lembrar o antigo jargão que nos diz: despesa é igual a unha – temos de cortar toda semana.
Podemos formalizar nosso orçamento utilizando vários instrumentos, dependendo do conhecimento ou da preferência de cada um, entre os quais citamos: planilha eletrônica, aplicativo do banco ou até mesmo os apontamentos à mão na velha e boa caderneta. O fundamental mesmo é anotar e acompanhar.
Aos que acham que não terão tempo ou disciplina para fazer a previsão nem o acompanhamento dos gastos, lembramos que esse grupo poderá ter de arranjar meios, no futuro, para negociar possÃveis dÃvidas em atraso, buscar empréstimos a juros elevados para quitar compromissos não passÃveis de parcelamento ou até mesmo constatar e lamentar as oportunidades perdidas de bons investimentos, caso tivessem priorizado a elaboração do orçamento pessoal e familiar.
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(*) Manoel Souza é administrador, funcionário aposentado do BB, educador financeiro, mediador judicial e diretor da AFABB-DF
Associação dos Funcionários, Aposentados e Pensionistas do Banco do Brasil no Distrito Federal
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