Especialistas indicam 5 hábitos diários simples para ter envelhecimento saudável | Separar apenas alguns minutos por dia para hábitos mais saudáveis já pode ser suficiente para reduzir o risco de mortalidade
Os fundamentos do envelhecimento saudável não são segredo: exercícios regulares, alimentação equilibrada, sono de qualidade e uma vida social ativa podem ajudar você a viver melhor por mais tempo. Mas colocar tudo isso em prática exige tempo — e quando o dia já está cheio, é difícil saber por onde começar.
Segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo [veja aqui a matéria na íntegra], para início de conversa especialistas recomendam não seguir os hábitos dos influenciadores da longevidade, com suas rotinas elaboradas e cronogramas rígidos. A pessoa pode ficar “ansiosa demais para acumular uma série de intervenções diferentes” e acabar desanimada quando não consegue mantê-las, explica Dudley Lamming, professor-associado de Medicina da Universidade de Wisconsin-Madison, que estuda o envelhecimento.
Separar apenas alguns minutos por dia para hábitos mais saudáveis já pode ser suficiente para reduzir o risco de mortalidade, avisa Sara Espinoza, diretora do Centro de Diabete e Envelhecimento do Cedars-Sinai, em Los Angeles.
A publicação menciona o entendimento de Linda Ercoli, psicóloga geriátrica e diretora interina do Centro de Longevidade da Ucla [Universidade da Califórnia em Los Angeles] de que mudanças comportamentais pequenas e consistentes também fazem diferença, embora algumas das ações mais eficazes para prolongar a vida não sejam nem rápidas nem fáceis (como parar de fumar ou reduzir o consumo de álcool, se você bebe em excesso).
Foi pedido aos especialistas, descreve o Jornal, que compartilhassem quais hábitos diários simples oferecem os maiores benefícios para a longevidade — e como descobrir quais funcionam melhor para você.
1. Priorize o seu “por quê”.
Se você não sabe por onde começar com os hábitos voltados à longevidade, inicie avaliando o histórico da sua família e foque em comportamentos que possam reduzir o risco de doenças às quais você pode estar predisposto, sugere Linda. Por exemplo, se você tem tendência a desenvolver diabete, considere ajustar sua alimentação e rotina de exercícios.
Outra estratégia é perguntar a si mesmo por que quer se manter saudável e identificar hábitos que ajudem a alcançar esse objetivo, acrescenta Steven Kritchevsky, professor de gerociência na Escola de Medicina da Universidade Wake Forest. Se você quer continuar ativo com seus netos, pode focar condicionamento físico e agilidade; se é fã de jogos como xadrez, pode priorizar a prevenção do declínio cognitivo.
2. Seja realista e flexível.
Estabeleça metas alcançáveis — seja reduzir o consumo de alimentos ultraprocessados, aprender a meditar ou iniciar uma nova rotina de exercícios — e reavalie essas metas toda semana, indica Nathan LeBrasseur, diretor do Centro Robert and Arlene Kogod de Envelhecimento da Clínica Mayo.
E se não conseguir atingir essas metas, seja honesto consigo mesmo sobre o motivo. Ele sugere refletir: “Será que isso realmente não é tão importante para mim? Será que é simplesmente difícil demais? Se for, o que mais posso fazer?”.
3. Dedique 3% do seu dia à atividade física.
“Se você tivesse de escolher apenas uma coisa para fazer”, seria se exercitar, crava Michael Fredericson, fisiatra especializado em medicina esportiva e codiretor do Centro de Longevidade de Stanford. O exercício reduz o risco de doenças cardiovasculares, cognitivas e metabólicas, além de melhorar a saúde mental e o sono – ou seja, traz muitos benefícios de uma só vez.
Talvez você precise de menos exercício do que imagina: estudos sugerem que apenas 30 minutos de atividade física moderada por dia — cerca de 3% do tempo em que você está acordado — já são suficientes para fazer diferença, calcula LeBrasseur.
E não precisa ser tudo de uma vez. Picos de três a quatro minutos de exercícios mais intensos — como flexões, agachamentos ou subir escadas — ao longo do dia ainda ajudam a reduzir o risco de mortalidade, acrescenta Fredericson.
4. Levante-se da cama no mesmo horário todos os dias.
O sono de má qualidade pode aumentar o risco de várias doenças que reduzem a expectativa de vida, incluindo obesidade, diabete, doenças cardíacas, depressão e demência. Também pode desacelerar o metabolismo e dificultar a prática regular de exercícios, prejudicando outros hábitos saudáveis, descreve Zhaoping Li, chefe da divisão de nutrição clínica da Ucla Health.
A maioria das pessoas precisa de cerca de sete horas de sono ininterrupto por noite para atingir os estágios mais restauradores, que permitem ao corpo e ao cérebro se recuperarem do estresse, diz Sara Nowakowski, professora-associada do Baylor College of Medicine, que estuda o sono.
Uma maneira simples de alcançar essa meta é levantar-se mais ou menos no mesmo horário todos os dias, mesmo se estiver cansado, indica Sara. Isso força os hormônios do sono a seguirem um ritmo mais consistente, facilitando adormecer na noite seguinte. “Estamos tentando construir a ‘pressão do sono’, ou essa necessidade biológica de dormir”, explica ainda Sara.
5. Pratique uma forma simples de mindfulness.
Estresse crônico, ansiedade, depressão e solidão estão todos associados a um risco maior de doenças relacionadas à idade e à morte precoce. Mesmo apenas alguns minutos de mindfulness ou meditação consistentes, ou um exercício diário de gratidão, podem treinar o sistema nervoso para manter a calma mesmo sob pressão, avisa Linda. “Esses comportamentos têm um efeito cumulativo” sobre o estresse físico e podem até ajudar a reduzir a pressão arterial e o risco cardiovascular a longo prazo, afirma.
Você pode melhorar rapidamente seu bem-estar físico e mental com um exercício de “atenção ativa” diário, comenta Ellen Langer, professora de psicologia da Universidade Harvard, autora de vários livros sobre mindfulness. Permanecer no momento presente é uma forma de manter a atenção: reserve alguns minutos para perceber três coisas novas sobre um amigo ou colega, ou caminhe ao ar livre e observe algo novo no ambiente, ela sugere.
“Quando você está mais consciente, encontra e busca várias soluções para os problemas, e se sente menos frustrado”, esclarece Ellen. “Em vez de tentar adicionar mais anos à sua vida, talvez o melhor seja adicionar mais vida aos seus anos”, completa.
ASCOM AFABB-DF, com informações do O Estado de S. Paulo [Mohana Ravindranath | The New York Times]
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