“A fibromialgia é uma condição de saúde complexa, caracterizada principalmente por dor crônica difusa que atinge várias partes do corpo, como músculos, tendões e ligamentos, sem causa inflamatória ou degenerativa identificável, e costuma se manifestar acompanhada por outros desafios de saúde”.
A dor crônica e a fibromialgia não têm cor, sexo ou classe social. Elas atravessam o corpo e silenciam a vida de milhares de brasileiros que, muitas vezes, não encontram acolhimento ou respostas.
Segundo matéria publicada pelo Portal Webrun, esse tipo de dor que persiste por meses ou anos impacta diretamente a qualidade de vida de quem convive com ela — e vai além do físico. A psicóloga Jordana Ribeiro, fundadora e CEO do instituto que leva o seu nome e há mais de uma década acompanhando mulheres em processos de dor e adoecimento emocional, reforça que o sofrimento muitas vezes começa (ou se intensifica) na psique [clique aqui para ver a matéria completa].
“O corpo fala aquilo que a mente não consegue expressar”, afirma Jordana. “A fibromialgia, por exemplo, é uma condição que envolve dores musculares difusas, fadiga, distúrbios do sono e, frequentemente, ansiedade e depressão. Ignorar a dimensão emocional desses sintomas é perpetuar o sofrimento.”
Dados da Sociedade Brasileira de Reumatologia, assinala a publicação, estimam que cerca de 2,5% da população nacional tenha fibromialgia. O problema, no entanto, ainda é subnotificado, especialmente em comunidades com menor acesso à saúde e à informação. E apesar da prevalência ser maior entre mulheres de meia-idade, a doença pode atingir qualquer pessoa.
Um exemplo notório apontado pelo Portal Webrun é o da cantora internacional Lady Gaga, que já revelou publicamente conviver com fibromialgia e lúpus — duas condições crônicas que afetam sua saúde física e emocional. Em 2017, ela chegou a cancelar uma apresentação no Brasil devido à intensidade das dores, chamando atenção mundial para a seriedade desses quadros e para o sofrimento invisível de quem vive com dor crônica.
“A dor crônica é uma experiência complexa, que mistura aspectos biológicos, psicológicos e sociais”, explica Jordana Ribeiro. “Não basta tratar apenas o corpo. Muitas vezes, a origem ou a manutenção da dor está relacionada a traumas, estresse crônico, sobrecarga emocional ou vivências de abuso que foram empurradas para o inconsciente.”
Nesse sentido, discorre o texto, o trabalho psicológico surge como uma ferramenta essencial para o desbloqueio dessas dores. A psicoterapia, com abordagens como a Terapia Cognitivo-Comportamental ou terapias baseadas em corpo e emoção, pode ajudar o paciente a reconhecer padrões de sofrimento, liberar emoções reprimidas e construir estratégias para lidar com a dor de maneira mais saudável.“Mais do que um diagnóstico médico, o reconhecimento da dor crônica como uma questão biopsicossocial é um chamado à empatia. É preciso que a sociedade — incluindo familiares, profissionais da saúde e a mídia — compreenda que, muitas vezes, a dor do outro não é visível, mas é profundamente real.”
Lei reconhece a enfermidade como deficiência
Em 24 de julho passado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a Lei 15.176/2025, que reconhece oficialmente a fibromialgia, assim como a síndrome da fadiga crônica e a síndrome complexa de dor regional, como deficiência; e define diretrizes que o Sistema Único de Saúde (SUS) deve adotar no atendimentos aos pacientes com fibromialgia. Publicada no Diário Oficial da União, a norma passa a vigorar em janeiro de 2026, 180 dias após a sanção.
ASCOM AFABB-DF, com informações do Portal Webrun | Saúde
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